segunda-feira, 26 de julho de 2010
"Euclides foi um dos primeiros a escrever a Amazônia" - Francisco Foot Hardman
"Veja trecho da palestra de Francisco Foot Hardman, professor de Teoria Literária (Unicamp) no evento "Euclides da Cunha 360º" - Ciclo da Amazônia" Fonte do vídeo: Tv Estadão.
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Bernucci: "Autor se conhece pelos textos e pela biografia"
"Veja trecho da palestra de Leopoldo Bernucci (Prof. Literatura Latino-Americanda da Univ. Califórnia, EUA) no evento "Euclides da Cunha 360º" - Os Ciclos de Euclides"
Fonte do vídeo: Tv Estadão, de 21 de agosto de 2009.
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
Portos flutuantes: trânsitos ibero-afro-americanos - por Benjamin Abdala Júnior & Marli Fantini Scarpelli (organizadores)
O Brasil, a América Hispânica e a África têm em comum a contraditória experiência histórica do colonialismo europeu. Esses portos simbólicos são visitados, neste volume, a partir de uma abordagem transdisciplinar. Os ensaios têm como foco a diversidade de línguas, culturas e histórias em contato – nem sempre pacífico. Abarcam, principalmente, as expressões literárias dessas regiões heterogêneas e conflituosas, marcadas pelo choque entre mundos “arcaicos” e a “modernidade” ibérica.
Fonte do texto: Ateliê Editorial
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
Literatura, história e política: literaturas de língua portuguesa no século XX - Por Benjamin Abdala Júnior
Qual é o papel da literatura num mundo em que a hegemonia financeira e a globalização ditam os rumos da cultura? Este é um dos questionamentos centrais deste ensaio, em que Benjamin Abdala Jr. problematiza as relações entre arte e engajamento. O autor analisa o sentido político das literaturas dos países de língua portuguesa e discute o poder da linguagem em rearticular o campo intelectual dessas nações. Para isso, ele considera o gesto histórico de seus escritores na construção de utopias.
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terça-feira, 20 de julho de 2010
Literatura e política numa letra só: Benjamin Abdala Junior, em perfil - por Maged T. M. A. El Gebaly
Foto: Maged T. M. A. El Gebaly
"Professor, pesquisador, editor, crítico e atual coordenador de Letras e Linguística perante a Capes, Benjamin Abdala Junior tem sido um fervoroso crítico de toda classe de poder discricionário. Sua trajetória mostra como o velho e o falso dilema entre arte e política não deixa de ser um sofisma. “A política, como outras formulações discursivas [diz-nos com convicção] são inerentes à própria codificação do texto literário”. Constituem formulações que permitem entender o texto em suas articulações mais profundas. Desconsiderá-las, em função de uma pretensa literariedade é não permitir uma análise mais densa e contextualizada.
Dessa forma, tanto a elaboração do texto como sua leitura são enredadas por essas séries discursivas. Em relação à atualidade, falar em leitura política pode implicar - como ele o faz - em se colocar contrariamente à distopia. Nada disso leva, desconsideração do sentido artístico da obra de arte. O que caracteriza um texto literário é sua capacidade de concentrar significações. Quanto melhor elaborado, mais vai resistir às leituras, e sua mensagem acaba por produzir impactos em leitores de muitas épocas."(...) Ler artigo completo.
Trecho de artigo retirado da Revista Crioula de novembro de 2009.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Margens da cultura:mestiçagem, hibridismo & outras misturas - por Benjamin Abdala Junior (org.)
Margens da cultura é um livro de iniciação e de reflexão sobre alguns dos autores fundamentais do pensamento crítico contemporâneo, no debate sobre interações entre literatura, cultura e vida social. Margens, nesse sentido, mais do que delimitações, implicam aberturas e a consideração de diferenças, contrariamente a qualquer forma de pensamento que busque reintroduzir pretensas purezas étnicas ou culturais.
A ênfase com que se debate a mestiçagem e o hibridismo cultural nos dias de hoje vem da necessidade de se dar conta das mudanças provocadas pelo grande processo de deslocamentos e de justaposições que rompem com as concepções fixas, sedentárias, de cultura e identidade.
Sobre aspectos deste tema que dá unidade ao livro, a peruana Ana Pizarro, em “Áreas culturais na modernidade tardia”, a partir do estudo das comunidades da Amazônia, aponta a necessidade de repensar o conceito de cultura, englobando o meio em que vive as comunidades, a defesa da biodiversidade e a preservação dos recursos naturais não-renováveis.
As bases lingüísticas da heterogeneidade são tratadas por José Luiz Fiorin em “Bakhtin e a concepção dialógica da linguagem”, enquanto Lynn Mario T. Menezes de Souza, em uma análise da teoria crítica de Homi K. Bhabha, demonstra como essa teoria baseia-se na inexistência de identidades, línguas ou linguagens “puras”.
As relações entre raça, colonialismo, classes sociais e cultura na América Latina é estudada por José Luiz Cabaço e Rita Chaves, no ensaio “Frantz Fanon: colonização, violência e identidade cultural”. O trabalho acadêmico no Brasil como mero “importador” de modas vindas do exterior é criticado no provocador ensaio “O Conceito de Transculturação na obra de Ángel Rama” de Flávio Wolf de Aguiar e Sandra Guardini T. Vasconcelos.
Maria Elisa Cevasco compara as trajetórias e idéias dos críticos literários Antonio Candido e Raymond Williams. “O elogio da crioulidade; o conceito de hibridação a partir dos autores francófonos do Caribe”, de Zilá Bernd, usa para discutir o conceito de híbrido, e as relações raciais nas Américas, as obras literárias Tenda dos Milagres de Jorge Amado, e Solibo Magnifique, do escritor cariibenho Patrick Chamoiseau.
Fechando o livro, ensaio de Marli Fantini aproveita a análise do romanceRelato de um certo Oriente, de Milton Hatoum, para pensar as convivências simultâneas de cultura e identidade. A idéia de mescla, conforme apontam os nove estudos reunidos neste livro, favorece o entendimento entre pessoas e povos desde que não se reduza a um pastiche sem história. O que os textos deste volume defendem, com originalidade e erudição, são margens de culturas, fluidas e intercambiáveis, coexistentes em suas diferenças.
Sobre o organizador
Benjamin Abdala Junior é professor da área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da FFLCH da Universidade de São Paulo. É autor, entre outros títulos, de A escrita neo-realista (1981) e Literatura, história e política (1989).
Fonte do Texto: Editora Boitempo
Para adquirir este livro clique aqui.
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A ênfase com que se debate a mestiçagem e o hibridismo cultural nos dias de hoje vem da necessidade de se dar conta das mudanças provocadas pelo grande processo de deslocamentos e de justaposições que rompem com as concepções fixas, sedentárias, de cultura e identidade.
Sobre aspectos deste tema que dá unidade ao livro, a peruana Ana Pizarro, em “Áreas culturais na modernidade tardia”, a partir do estudo das comunidades da Amazônia, aponta a necessidade de repensar o conceito de cultura, englobando o meio em que vive as comunidades, a defesa da biodiversidade e a preservação dos recursos naturais não-renováveis.
As bases lingüísticas da heterogeneidade são tratadas por José Luiz Fiorin em “Bakhtin e a concepção dialógica da linguagem”, enquanto Lynn Mario T. Menezes de Souza, em uma análise da teoria crítica de Homi K. Bhabha, demonstra como essa teoria baseia-se na inexistência de identidades, línguas ou linguagens “puras”.
As relações entre raça, colonialismo, classes sociais e cultura na América Latina é estudada por José Luiz Cabaço e Rita Chaves, no ensaio “Frantz Fanon: colonização, violência e identidade cultural”. O trabalho acadêmico no Brasil como mero “importador” de modas vindas do exterior é criticado no provocador ensaio “O Conceito de Transculturação na obra de Ángel Rama” de Flávio Wolf de Aguiar e Sandra Guardini T. Vasconcelos.
Maria Elisa Cevasco compara as trajetórias e idéias dos críticos literários Antonio Candido e Raymond Williams. “O elogio da crioulidade; o conceito de hibridação a partir dos autores francófonos do Caribe”, de Zilá Bernd, usa para discutir o conceito de híbrido, e as relações raciais nas Américas, as obras literárias Tenda dos Milagres de Jorge Amado, e Solibo Magnifique, do escritor cariibenho Patrick Chamoiseau.
Fechando o livro, ensaio de Marli Fantini aproveita a análise do romanceRelato de um certo Oriente, de Milton Hatoum, para pensar as convivências simultâneas de cultura e identidade. A idéia de mescla, conforme apontam os nove estudos reunidos neste livro, favorece o entendimento entre pessoas e povos desde que não se reduza a um pastiche sem história. O que os textos deste volume defendem, com originalidade e erudição, são margens de culturas, fluidas e intercambiáveis, coexistentes em suas diferenças.
Sobre o organizador
Benjamin Abdala Junior é professor da área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da FFLCH da Universidade de São Paulo. É autor, entre outros títulos, de A escrita neo-realista (1981) e Literatura, história e política (1989).
Fonte do Texto: Editora Boitempo
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sexta-feira, 16 de julho de 2010
Durval Muniz fala sobre o Nordeste e a literatura
Artigo publicado em 08/07/2009
Em entrevista a Leonardo Campos*, ele nos fala sobre a reedição de seu livro A Invenção do Nordeste, literatura e muito mais. Leia a seguir.
Leonardo Campos - Seu livro A Invenção do Nordeste terá uma 4ª edição em breve. O que você acha que mudou em seu olhar sobre o assunto da 1ª edição, que já faz dez anos ? (dez mesmo ou é de 1994? deu dúvida, me perdoa?)
Durval Muniz - Acho que o livro continua bastante atual. Não modifiquei meu ponto de vista desde que o escrevi, até porque a mitologia em torno do Nordeste, os estereótipos em torno do nordestino que nele critico continuam circulando e sendo veiculados na região e fora dela. Acho, infelizmente, que ele não é um livro que envelheceu, embora nestes dez anos tenha tido uma boa repercussão e levado a que outros trabalhos fossem feitos na esteira de suas idéias.
LC - Em linhas gerais, o que seria a "invenção do nordeste"?
DM - O Nordeste, como todo recorte regional, é uma invenção humana, são os homens que criam e definem as fronteiras regionais ou nacionais. As regiões não estão inscritas na natureza e não existiram desde o começo dos tempos. Todo recorte regional, toda identidade espacial surgiu em um dado momento histórico, emergiu a partir das ações humanas, sejam elas motivadas por interesses econômicos, políticos, sociais, ideológicos, etc. Quando uso o termo invenção é para chamar atenção para o fato de que o recorte regional chamado Nordeste não existia até os primeiros anos do século XX. O Brasil costumava ser dividido, até então, em duas áreas: o Norte e o Sul. Entre o final da década de dez e a década de 1930 do século XX surgiu o conceito Nordeste, esta palavra passou a ser usada para nomear uma parte do antigo Norte, aquela área de ocorrência das secas e, por isso mesmo, definida como a área de atuação do IFOCS. A partir do aparecimento oficial da palavra Nordeste no documento que define a área de atuação deste órgão, este termo passou a ser usado por intelectuais e políticos, pelas elites sociais desta área para nomear um espaço que reunia os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Nos anos vinte o movimento regionalista e tradicionalista encabeçado por Gilberto Freyre e o Centro Regionalista por ele ideado trataram de dar a este conceito um conteúdo histórico, uma memória e uma pretensa tradição cultural.
LC - Você dedica quase um capítulo inteiro aos escritores Graciliano Ramos e João Cabral de Melo Neto. Considera-os os principais responsáveis por esse processo de "invenção" no âmbito da literatura?
DM - Não, os principais inventores literários do Nordeste são aqueles escritores vinculados as propostas do movimento regionalista e tradicionalista como José Lins do Rêgo e José Américo de Almeida. A visão de esquerda sobre o Nordeste, a visão construída por autores influenciados pelo marxismo, como Graciliano e João Cabral, embora fosse uma tentativa de denunciar a miséria, a pobreza, a exploração de que seria vítima o homem do povo da região, terminou por reforçar uma série de estereótipos sobre este espaço, que já apareciam formulados nos discursos dos regionalistas e tradicionalistas. Sendo obras de grande qualidade estética e de grande repercussão no país, é inegável que títulos como Vidas Secas ou Morte e Vida Severina serviram para fixar no imaginário nacional uma série de imagens e de enunciados sobre o Nordeste, ainda mais porque estas obras foram posteriormente levadas para o cinema e para a televisão com grande sucesso. À medida que optaram por mostrar a face mais miserável e cruel da região, estes dois autores acabaram por reforçar os próprios estereótipos que eram regularmente utilizados pelos discursos das elites deste espaço para a reivindicação de recursos e cargos públicos.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
A invenção do nordeste e outras artes - por Durval Muniz De Albuquerque Júnior
Sinopse
Este livro busca respostas para uma inusitada questão: a invenção do Nordeste, o surgimento de um recorte espacial, de um lugar imaginário e real no mapa do Brasil, que todos nós conhecemos profundamente, não importa de que maneira, mas que nunca pudemos imaginar com uma existência tão recente. E falar do Nordeste é inventariar os muitos estereótipos e mitos que emergiram com o próprio espaço físico reconhecido no mapa, composto por alguns estados e cidades. É mobilizar todo o universo de imagens negativas e positivas, socialmente reconhecidas e consagradas, que criaram a própria ideia de Nordeste. (...) É um livro de História duplamente pioneiro: de um lado, pelo tema que elege e que se enuncia pela primeira vez, que dá visibilidade à questão, que inaugura a problemática: a invenção do Nordeste. De outro, pelo modo de produção historiográfica que propõe. As referências teóricas que informam este estudo, sem dúvida, se colocam como um grande desafio, pois demandam e inauguram novas práticas do fazer a História. Forçam a repensar a atividade do historiador e sua relação com o passado. Desestabilizam antigas convicções teóricas e políticas. Obrigam a nos darmos conta de que vivemos um movimento de desidentificação com a memória nacional e regional. Margareth Rago.
Edição esgotada. Para realizar busca em sebos virtuais clique aqui.
Sobre o autor:
Durval Muniz de Albuquerque Júnior
Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual da Paraíba (1982), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1988) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1994). Atualmente é colaborador da Universidade Federal de Pernambuco, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Presidente da ANPUH - Associação Nacional de História. Tem experiência na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura, biografia histórica e produção de subjetividade. Currículo e Foto: http://lattes.cnpq.br/7585947992338412
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